
Produto globalizado, até mesmo quando ninguém se valia desse termo para referir-se ao mercado mundial, a Coca-Cola é um símbolo de múltiplos significados.
Ela pode representar uma nação, como acontece desde o final da segunda guerra mundial onde a “gentil” Coca-Cola ofertava aos soldados americanos a sua bebida, como também pode representar: status, poder, felicidade ou mesmo o bem-estar. Tal associação não tem caráter óbvio, nem é imediatamente clara, mas foi, pouco a pouco, sendo construída a partir dos elementos exibidos na publicidade e na insistência da cor vermelha integrada às referidas sensações positivas.
Talvez este seja o grande trunfo da Coca: o de agregar valores, ela associa a uma bebida sentimentos inerentes do ser humano, tornando-a uma espécie de companhia ideal para qualquer momento de nossas vidas.
Porém, quando se trata de marketing e propaganda as coisas são menos obvias do que se pode imaginar. Para vender toda essa felicidade a Coca-Cola já patrocinou guerras, o nazismo e contribui de forma significativa para a descaracterização de culturas inteiras.
Chega a ser irônico o fato de a bebida que um dia nasceu com a proposta de ser um tônico revigorante, se tornar um dos principais agravantes da epidemia de obesidade que se vê pelo mundo.
As pessoas sabem que a Coca-Cola engorda, descalssifica os ossos, provoca celulite e ainda sim a tomam... Seria este um vício, uma questão de hábito ou o resultado de décadas de uma lavagem cerebral da qual não fomos consultados?
Será que as pessoas realmente querem saber? Será que elas ao menos se importam? Talvez elas nem percebam que estejam sendo marionetes ou pior: talvez elas não queiram saber.
Afinal pra que pensar nos problemas do mundo, se você pode simplesmente viver o lado Coca-Cola da vida? O fato é que querendo ou não, o mercado atende uma demanda, e quem demanda? Não adianta criticarmos uma única mega-companhia pelo fruto de sua alienação, cabe a nós refletirmos também o senso crítico de quem consome seus produtos.
Luan Emilio Faustino 31/07/10