É quando falo de amor...
Que novas linhas se escrevem
Quando me dispo do medo
Algo de novo me veste
Como uma roupa de gala
Minhas verdades te calam
Rompendo a luz dos teus olhos
Que outrora fora morada
É quando falo de amor...
Que vejo além das palavras
Introjetando sentidos
Em sentimentos que enfadam.
Como uma flor não regada
Algo de belo em mim seca
Partindo a dor em pedaços
Que escondo em minhas arestas
É quando falo de amor...
Que o Eu poeta me fala
Trazendo ao Eu presente
A consciência que tarda.
Como uma obra de arte
Que há pouco fora notada
Serei dos versos que escrevo
A rima vã sublinhada
É quando falo de amor...
Que a vida insiste em mudar
Deixando estrofes inteiras
Falando do que não há mais
Como noticia já dada
Sinto-me estrela apagada
Cujo seu brilho ecoado
Em sua retina é guardada.
Luan Emilio Faustino
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