terça-feira, 30 de novembro de 2010

Eu te amo meu amigo!


O que une duas pessoas?
São as afinidades, os gostos em comum, suas musicas e bandas preferidas ?
Sinceramente? Acredito que não, acredito que o que une mesmo as pessoas são as suas diferenças.
 É claro que saber que você gosta das mesmas músicas que eu, que não gosta de futebol e que ama chocolate foi importante. A vontade de casar tendo como música de entrada November Rain, também … Sem contar com o nome da futura filha, Sophia né? Com PH, exatamente como eu sempre havia sonhado, isso sem duvidas foi importante, mas além de todas as nossas semelhanças, também existem TANTAS diferenças entre nós.
Às vezes elas nem são tão perceptíveis, afinal, as afinidades são muito maiores, e mais fáceis de identificar…
 Mais ainda assim as diferenças existem e é tão estranho notar como elas ficam mais toleráveis em você, chega a ser irritante o fato de eu não conseguir me irritar contigo da maneira que você sabe que as vezes faz por merecer.
Eu não sei ao certo onde foi que eu me apaixonei por você, às vezes penso que da mesma forma que a nossa história nunca começou ela também nunca irá acabar. E embora tudo o que eu mais queira seja poder gritar o que sinto, eu prefiro me manter calado para não perder o privilégio de poder estar contigo.
Sabe quando você começa uma carta, mas não sabe exatamente o que você quer escrever? Pois bem, quando escrevo pensando em você, isso nunca me aconteceu...  Pois eu sei exatamente o que eu gostaria de lhe escrever, apenas me falta à coragem para assumir o risco. Mas ao invés de não escrever nada, eu escrevo qualquer outra coisa para me fazer presente, ainda que não seja da forma que eu sonhei.
 E é tão bom quando você me diz “Eu te amo”, mesmo acrescentando logo em seguida a palavra “amigo”. Por que de alguma forma eu tento me consolar nessas variações do amor, projetando em minha mente possíveis evoluções e desdobramentos desse sentimento.
 Às vezes me pergunto coisas tolas que tomam ar de importância sem nem ao menos existir. E são nessas inexistências que eu me encontro: perdido, como os pensamentos vagaluminosos que acendem e apagam dentro de mim.
 E ainda que não seja exatamente aquilo que eu gostaria de lhe dizer, eu aprendi a lhe dizer sem precisar mentir a frase que me mata cada dia um pouquinho mais: Eu te amo meu amigo.

Luan Emilio Faustino 01/12/2010 01:52h

Texto dedicado para Jessica Fernanda <3

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Aos seus Olhos



Acorde para os medos que não adormecem em ti
Pois quando o sol desfigurar a escuridão,
A escuridão que há em ti irá queimar
Da forma que só você pode sentir.
Abra os olhos,
Tire as vendas que você mesmo colocou,
E entenda que não querer ver o problema
É se negar a encontrar uma solução.
Você pode até se esquecer de quem você é
E ainda sim o medo irá te lembrar
De tudo aquilo que você nunca vai ser.
E você poderia gritar,
Se isso não demonstrasse a sua fraqueza.
Você poderia fugir mais uma vez,
Se soubesse ao certo do que esta fugindo.
E aquela antiga imagem imponente ostentada
Cai aos olhos daquele que você mais deveria amar.
Ela se parte assim como a coragem,
Fragmenta-se e se desfaz na vazão do tempo
Ela sucumbe ao fracasso diário
Que é visto, sentido e vivido,
Única e exclusivamente:
Aos seus olhos.

Luan Emilio Faustino 08/01/10 - 00:58h

sábado, 27 de novembro de 2010

Resultado da Enquente

Com mais da metade dos votos o poema "Bipolar" foi o escolhido para virar vídeo, em breve estarei gravando ele e postando o vídeo aqui pra vocês, votem agora na nova enquete que ficará até janeiro no ar, onde estreiará a série de poemas "7 Pecados". AGUARDEM!!

E obrigado a todos que votaram nesta enquete!!!

Seria? Será? Seremos!

   Rio de Janeiro Novembro de 2010


Seria este o fim anunciado?!
Seria apenas mais um sonho terminado?
Seria ele um garoto amedrontado?
Ou um sorriso que pra sempre foi negado?

Seria o dia que se segue fantasia?
Seria belo o nascer do novo dia?
Será que a vida simplesmente assim queria?
Ou será certo afirmar que não seria?

Será que o mundo não se cansa de chorar?
Será que sempre os inocentes vão pagar?
Será que alguém nesse Brasil pode escutar?
O grito rouco que não pode mais calar?

Será que a vida voltará a ser vivida?
Será seguro do outro lado da avenida?
Será que temos um refugio, uma saída?
Será que o amor fechará nossas feridas?

Seremos nós prisioneiros desse medo?
Seremos parte se não agir quando devemos?
Seremos vivos para ser o que queremos?
Ou já morremos sem saber pra que viemos?

Seria fácil, se não fosse tão difícil.
Será mais fácil esquecer, não dar ouvidos.
Seremos fracos e aos poucos corrompidos
Seremos todos os culpados coagidos

Luan Emilio Faustino 13 de fevereiro de 2007 (02:44hs)


Este poema foi escrito em 2007 em homenagem ao menino João Hélio que morreu após ser arrastado por um carro em fuga. Os assaltantes envolvidos no caso ja estão todos livres #Reflita

Infelizmente o poema continua atual, porque não se trata apenas da morte de um menino, se trata de um símbolo da violência que atinge a todos, inclusive os inocentes. A gente vê nos jornais a violência explodindo no Rio de Janeiro, São Paulo, mas a verdade é que somos coniventes com tudo isso que esta acontecendo. Enquanto o tráfico de drogas e de armas for mais organizado que nós, pessoas de bem, o crime, o medo e o pânico não vão acabar.
 Criar TAG's no Twiiter como
#paznoRio, pode até ser uma atitude bonita de esperança, mas não muda em nada a nossa realidade. As pessoas precisam parar de se acomodar atrás de seus computadores e entender que reclamar, comentar e assistir a desgraça alheia ou mesmo a própria desgraça não muda em nada. 
 Eu não quero propor a anarquia ou a violência generalizada, mas as coisas precisam começar a mudar, seja na hora do voto, seja no engajamento politico e na luta diária pela justiça e verdade.

O dia em que o cupido se apaixonou


 Aquela era pra ser mais uma tarde apaixonante de trabalho, distribuindo flechadas e promovendo encontros que as pessoas preferem atribuir ao acaso se esquecendo assim de minha insignificante existência.
  Eu não sei exatamente como tudo isso começou, certo dia descobri assim meio sem querer que as minhas flechadas não machucavam, pelo contrário elas provocavam uma espécie de sentimento bom, um sentimento que as pessoas vivem a procurar e morrem para não perde-lo. Até hoje não sei ao certo se o efeito desta minha flechada é libertador ou se ele aprisiona minhas vitimas, apenas sei que a ele deram o nome de: AMOR.
 Eu queria poder entender tal sentimento que a mim fora confiado, poder senti-lo apenas uma vez, mas creio que eu seja o ultimo da minha espécie, isso explica porque hoje em dia esta tão difícil encontrar o verdadeiro AMOR, oras eu ainda sou um só, e não é nada fácil ser cupido nos dias de hoje.
 As pessoas andam com tanta pressa, em passos largos e olhares fixos para frente, que fica difícil poder acertá-las com êxito; vez ou outra eu erro a pontaria e reúno casais improváveis, destes que as pessoas olham e apontam na rua quando passeiam de mãos dadas.
 No começo eu me culpava pelo erro, me martirizava, porque o AMOR uma vez instaurado dificilmente se desfaz, mas hoje, olhando esses casais improváveis eu noto o quão belo é o AMOR, que faz com que as pessoas superem as diferenças tendo como base de suas atitudes o coração e não mais as convenções.
 Assim como a maioria das entidades da fantasia eu também não envelheço, presencio o começo, meio e fim de cada flechada dada, às vezes o fim chega mais cedo do que o imaginado e as pessoas temem não mais sentirem o que um dia eu as proporcionei. Mas existem casos e casos, carrego comigo um arsenal de flechas infinitas que podem muito bem acertar uma mesma pessoa mais de uma vez. Porém retirar uma de minhas flechas não é tarefa fácil, as pessoas dizem que não sentem mais nada, que superaram, mas eu sei quando a flecha ainda esta lá.
 E é tão triste ver as pessoas mentindo pra si mesmas e querendo acreditar em suas mentiras... Depois de muito observar, cheguei à conclusão de que as minhas flechas podem não doer quando entram, mas doem inevitavelmente quando saem...
E foi naquela tarde apaixonante de trabalho que tudo mudou, como de costume procurei cautelosamente meu alvo, observei por um tempo, encontrei a vitima ideal: solitária, carente e com muito amor pra dar. Eu podia ler tudo isso em sua áurea (sim eu tenho essa estranha habilidade), mas havia algo de diferente dessa vez, algo que eu não conseguia ler, o que de certa forma tornou aquele alvo mais interessante que todos os outros.
 Eu mirei e mantive com firmeza a flecha esticada em minhas mãos para diminuir as chances de erro; com a flecha lançada eu vivi aquele momento de expectativa que aos olhos dos outros poderia passar em segundos, mas para mim foi uma pequena eternidade onde vários pensamentos tomaram conta de minha mente.
 Fiquei SURPRESO! Na verdade achei que os meus olhos estavam me enganando, não havia apenas uma flecha cravada na pobre alma, agora haviam duas, mas uma já estava lá! COMO NÃO NOTEI ISSO ANTES?!
 Desesperado, me aproximei e tentei retirar a flecha que levianamente eu atirei, eu tremia de aflição e culpa; e foi em um descuido ainda maior que o meu dedo se cortou na tentativa frustrada de retirar a mesma flecha que eu havia lançado. Naquele exato momento, eu que sempre fui invisível aos olhos de todos passei a ser visto por uma única pessoa.
 Eu tive que aceitar a perda do controle momentâneo, eu tive que aceitar os sentimentos que estavam em mim o tempo todo adormecidos. Na verdade eu não tive escolhas, quando me dei conta eu havia deixado de ver os sentimentos em terceira pessoa e passei a vivenciá-los.
 Era tudo novo e cabia tudo em um único olhar, porque da mesma forma que somente ela me via eu soube naquele momento que somente eu a veria tal como ela realmente era.
 Foi nesse dia que me apaixonei, foi nesse dia que encontrei minha cúmplice, minha aliada. E se hoje o mundo tem um pouco mais de AMOR é porque ela esta ao meu lado, me ajudando nessa tarefa apaixonante de se apaixonar todo dia pela mesma pessoa.

Luan Emilio Faustino 25/11/2010 – 2:52h

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Indiferente Evidência


É triste concluir, o que se quer negar.
Quando a dor de outrora
É o que te faz lembrar.
De tudo que te fez
Crescer,
Modificar
E se tornar aquilo que se quis evitar.

São meras conseqüências
Prováveis evidências
De atos impensados
Insanos por essência.

É triste não sentir, não ter em quem pensar.
E se ocupar com sonhos
O que não existem mais
De toda indiferença
A tua é que dói mais
Quando a ti eu vejo
Negando o meu olhar


São truques do destino
Mudanças no caminho
Espelhos que refletem
O eco do vazio


É triste não sorrir e fingir se alegrar
Quando a vida segue
E você quer ficar.
Quando tudo se cala
E você quer falar
Quando a tristeza acaba
E você quer chorar.


Luan Emilio Faustino 15/07/10 – 04:11

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Achados e Perdidos

 
Entre achados e perdidos
Nas lembranças que não tardam
Segue simples esse outono
Onde as folhas se escapam

No infinito que se acaba
Há motivos pra risadas
Uma pausa necessária
Pra seguir a velha estrada

Que se mostra imponente
Como se desafiasse
O caminho mais difícil.
Mesmo em face do desastre.

Nessas vias de mão dupla
Nas estradas que me seguem
Manterei minha conduta
A despeito dos que fervem

Entre achados e perdidos
Entre os mortos e os vivos
Sou herdeiro de um sonho
De um Eu que ainda insisto

Logo a frente uma miragem
Que distrai o sofrimento
Com promessas de um futuro
Que desfazem este silêncio

Que desfazem quase tudo!
E desfeito agora estou...
Como peças de um “lego”
Que a criança não juntou

Entre achados e perdidos
Sigo sempre a me encontrar
Nessa busca que se entende
Aos que ousam me achar.

Luan Emilio Faustino – 11/03/09 - 03:27hs

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O meu medo é você

Eu quis poder encontrar,
Além de seus olhos,
Uma nova razão para viver.
Pois quando eles se fecham,
Eu me cego.
E quando eles se abrem,
Eu me nego a ver
Que todo aquele amor
Se foi antes mesmo de eu dizer:
“ – Eu também te amo.”
Volta! Não por mim...
Mas pela pureza de seus sentimentos
Por tudo aquilo que fazia
Os meus olhos brilharem.
Eu quis poder seguir em frente,
Mas já não tinha a quem seguir.
Me leve para onde foram os seus sentimentos,
Me leve ao céu, ao inferno
Desde que lá eu possa ter a certeza
Que encontrarei você.
Eu faria tudo aquilo
Que o meu medo me impediu de fazer,
Como se o amanhã nunca fosse chegar,
Como se o tempo não existisse.
Se você estiver ao meu lado,
Então não haverá mais o que temer.
Pois hoje o meu único medo
É perder o sentido que motiva,
Este coração que você conquistou
Continuar a bater.

Luan Emilio Faustino 04/09/08 13:15hs

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sobre a fé que não tenho

Parece que o desafio maior da humanidade sempre esteve relacionado com a fé, ou seja, aquilo em que acreditamos espontaneamente, pelo simples fato de acreditar e não porque nos disseram que era o certo.
As pessoas acreditam no poder de mudança de Deus, mas não acreditam mais no poder de mudança das próprias pessoas, mesmo um sendo a imagem e semelhança do outro...
Sinto-me na contramão do mundo, enquanto a maioria prefere vestir à roupa do “realismo” e se privar das frustrações, se esquecendo assim que não acreditar nas pessoas e uma forma indireta de descrer de si mesmas, eu descrente de Deus acredito nas pessoas.
Todavia, a fé não é algo que se transfere como o conhecimento, ela não se planta como a soja e tão pouco se ganha como herança, e você pode reparar: o mundo divide-se praticamente entre as pessoas que impõem a sua fé e as desprovidas de fé que se subdividem entre as apontadas e as que fingem ter uma fé.
Qual é o crime maior: punir alguém pelo o que não acredita ou ser punido pelo o que acreditam os outros? Afinal como posso crer em algo que descrê de mim, que descrê da forma que reconheço o amor?
O mundo é uma contradição, um verdadeiro paradoxo, matam em nome do Deus da vida, guerras são criadas para alcançar a paz, e você quer acreditar que o bem existe, mas não consegue reconhecê-lo nem em seus próprios atos.
A gente cresce acreditando que tudo é uma mentira, que a cegonha fora criada pelos conservadores, que o Papel Noel só existe no mundo capitalista e que a mesma igreja católica que elegeu a avareza como um dos 7 pecados capitais, não derreteu o trono de ouro do Papa para diminuir a fome da África.

E antes que me perguntem, já me adianto: não, eu não sou ateu. Eu apenas tenho dificuldades para entender esse Deus que nos cobra pedágio para garantir o nossa entrada no céu. Mas talves isso seja apenas coisas dos homens, enfim...
E quando me perguntam: “Afinal, no que você acredita?” Eu penso um pouco para não ser negligente, refaço a pergunta para mim mesmo e respondo: "a vida é o único milagre verdadeiro em que devemos sempre acreditar."

Luan Emilio Faustino – 12/01/10 – 12:29hs

Ispirado na frase: "A vida é o único milagre verdadeiro em que devemos sempre acreditar." (Nelson Barh)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Sonho



Não, eu não sou o que deveria ser
Sou apenas o que o sobrou de um sonho
Desses que você nunca ousaria sonhar...
E ainda que aos olhos dos outros eu pareça sozinho,
Nos meus sonhos você me faz companhia.
E quando acordo desses sonhos desejáveis
Eu volto a sonhar acordado
Pois tudo o que eu sei é sonhar.
E se você acha que nada sabe
Acredite em mim, pois eu sei...
Que embora hoje o medo tome conta de você
Eu serei aquele que tomará conta de você para sempre.
Mesmo que o para sempre dure apenas o tempo de uma paixão
O tempo de um segredo mal guardado
Ou até mesmo dure o tempo de um sonho interrompido.
Seremos assim, unidos sem nunca termos nos juntado
Uma especie de paradoxo inventado por alguém desesperado
Alguém que ama, sente e clama
Que um dia, ou em uma noite
O sonho passe a ser simplesmente realidade.

Luan Emilio Faustino 22/06/08 01:00 hs

domingo, 21 de novembro de 2010

O Colecionador de Cicatrizes




Aos que a desprezam,
E olham feio,
Aos que a evitam a todo tempo
Não sabem ver na marca eterna
O lado bom de um vão momento.

Em meio aos cortes superados
Renasço em sonhos mutilados
Para chegar ao meu destino
De reintegrar os meus pedaços

Assim eu sigo em meio aos cacos
Nesses caminhos inexatos
Colecionando cicatrizes
Que são troféus do meu passado

E quando a dor bater a porta
Eu jogarei a chave fora
Para deixar entrar sem medo
O que nos mata e nos renova

Em cada marca uma história
Em cada história uma lição
Que faz de humanos imperfeitos
Profetas da superação

E já despido do orgulho
Rendo-me a nova condição
De acumular na carne fraca
O que é luz e escuridão.


Luan Emilio Faustino 24/06/09 18:33hs


Dedicado ao livro que mudou minha vida. Obrigado J.K. Rowling!

sábado, 20 de novembro de 2010

Frases Soltas

"Às vezes me pergunto coisas tolas que tomam ar de importância sem nem ao menos existir. E são nessas inexistências que eu me encontro: perdido, como os pensamentos vagaluminosos que acendem e apagam dentro de mim." - Luan Emilio Faustino

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Das cartas que nunca mandei - Parte VI



Destinatário: Amigos

Essa sem duvida é a carta mais difícil que já me propus a escrever, talvez a maioria não entenda o porquê, mas eu explico... Acredito que quanto mais significativo algo seja para nós, maior é a responsabilidade que temos no seu trato.
Houve um tempo em minha vida onde eu não tinha um único amigo, salvo meu cachorro é claro... Era algo realmente desesperador, enquanto as crianças normais pediam para ir a Disney ou o vídeo game ultima geração, eu pedia amigos quando assoprava as velinhas do meu aniversário. E hoje eu sei que o meu pedido foi atendido.
Esta será uma carta diferente, eu peço desculpas aos que não forem citados de alguma forma, mas os que foram, fizeram por merecer estar aqui, a eles devo a minha eterna gratidão!
E eu quero começar com uma categoria de amigos típica desse nosso mundo contemporâneo: os amigos virtuais, eles são tão importantes quanto os amigos presencias, porque eles conseguem a proeza de se fazerem presentes mesmo distantes! As madrugadas na frente do monitor, as risadas que nunca foram ouvidas, mas que serão pra sempre lembradas!
AMIGOS, quem pode viver sem eles? Quem conseguiria ser tão auto-suficiente ao ponto de poder afirmar que não precisa de amigos para ser feliz na vida?
É tão bom poder dar e receber, compartilhar nossas conquistas e tristezas com a certeza de que os amigos de verdade não se incomodarão se você ligar bêbado lá pelas 3 da manhã, pelo contrário, eles conseguem ainda em meio ao sono interrompido se preocupar com você ou no mínimo rir muito da sua situação.
E não importa se os seus amigos são emos, punks ou pervertidos sexuais, o importante mesmo é ter amigos e entender que as diferenças existem para somar em nossas vidas, que cada pessoa, por mais diferente que possa ser, pode ser amada e compreendida.
Foram tantos momentos importantes, tantos shows, filmes, tantas viagens, tantos lugares diferentes, mas os amigos ahhh estes sim continuam os mesmos.
Amizade é isso mesmo, é não ter medo de ser ridículo, é cantar de noite no meio da rua, fazer guerras de farinha, travesseiro, é viver pequenas loucuras, é rir até chorar sem nem ao menos saber o porque da crise de riso.
Com o tempo você percebe que amizade independe de idade, independe de cor, poder aquisitivo, você se da conta, que pode ter como amiga a sua professora louca de português, as senhorinhas que você visita no asilo ou mesmo a sua mãe que por mais que lhe obrigue a comer a comida até o fim, ama você e consegue ter um dialogo sincero como verdadeiros amigos.
Como não se sentir um privilegiado? Como não agradecer todos os dias pelos amigos que Deus colocou em minha vida? Eu não encontro outra palavra a dizer senão: OBRIGADO, obrigado MESMO, por me aceitarem como sou, por me agüentarem quando estou com fome e fico de mal humor, por darem risada das minhas piadas sem graça.
AMO VOCÊS! Amo e repito, porque é preciso dizer o essencial, porque é preciso valorizar aqueles que fazem à diferença em nossa vida, saibam que eu posso não ser a melhor pessoa do mundo, mas com certeza eu tenho os melhores amigos e nem o tempo ou a morte podem separar os laços que aqui fizemos.


Luan Emilio Faustino 24/10/2010 – 12:51h

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Ainda


Ainda que fossem relatados todos os meus segredos
E fossem expostas todas as minhas feridas
Eu não temeria o seu julgamento

Ainda que todos os sonhos existentes em ti
Não some a metade de seus medos
Eu consigo vislumbrar para nós um final feliz

Ainda que o amanhã seja ameaça
E o passado seja dor que se disfarça
Não abriria mão do agora
Pois nele vive a minha única certeza que é você

Ainda que o mundo de sinais de contra mão
Eu aceito o desafio de correr na direção oposta
Aceito os olhares de desdém
Aceito até o risco eminente do fracasso
Se houver uma única chance de provar o meu valor

Ainda que todos pronunciem em alto em bom tom o “não”
Eu precisarei apenas de um sussurro seu que diga “sim”
Ainda que exista o tempo
Haverá o eterno
Ainda que existam os erros
Haverá a paciência
Ainda que exista inveja
Haverá o amor

Ainda que isso tudo seja sonho
Agradeço pela oportunidade de sonhar.

Luan Emilio Faustino 15:02hs - 02/08/09

domingo, 14 de novembro de 2010

Tudo o que tenho

Engraçado... Quando eu era pequeno tudo o que eu mais queria era poder fazer parte, eu queria entender o significado das coisas, das palavras, eu queria entender as conversas dos adultos, do porque eles riam de coisas que para mim não tinham a menor graça...
Então eu cresci, e nada nessa vida me foi mais doloroso quanto a transição daquilo que eu era para aquele que eu acho que sou. Demorou um certo tempo para romper a barreira da ingenuidade, as vezes tenho a impressão de nunca tê-la rompido totalmente, mas enfim...
 Com certo esforço entendi um pouco mais deste mundo que me rodeava, talvez mais do que eu gostaria de entender.
 Procurei me encaixar em algum grupo ou lugar, mas a verdade é que eu não me encaixo nesse lugar chamado mundo. Para ser franco, não tenho a menor vontade de me tornar parte dele...
 Para ajudar, eu ainda nasci incompleto, não no que se refere à parte fisiológica, felizmente ainda tenho meu par de pernas, olhos e um músculo pulsante ao qual as pessoas chamam de coração. E é justamente nele que reside a minha ausência permanente.
 Certo dia, tentei preencher o vazio do meu coração com um pouco deste mundo que não me pertence e tudo que obtive foi um vazio ainda maior. Foi então que eu me fechei para este mundo, criei um mundo só pra mim e nele eu tenho me refugiado sem muito sucesso.
  Vez ou outra alguém invade o meu mundo, com promessas bonitas e olhos que conseguem transmitir a força de um sonho, mas elas não conseguem permanecer tempo suficiente para se tornarem especiais. Elas simplesmente saem deixando um pouco mais de lembranças em minha vida.
 E eu não sei se devo me fechar nesse mundo que criei ou me abrir para o mundo que um dia me criou. Tudo o que sei é que eu gostaria de ser o mundo de alguém, mas quem em sã consciência se arriscaria a me habitar?
  Eu tenho que admitir que a convivência comigo mesmo não é nada fácil, por isso mesmo sou tão compreensivo quando as pessoas desistem dessa missão chamada “eu”. Talvez fizesse o mesmo se tivesse a opção, mas eu não posso, pois eu ainda sou tudo o que tenho.
 Eu sou a peça perdida de um quebra-cabeça, sou um verso inacabado, uma estrofe em construção, eu sou tantas coisas e ao mesmo tempo eu não sou nada. E por mais irônico que possa parecer, eu sou, ainda que eu não queira ser a soma de todas as coisas que eu não tenho. Eu sou uma contradição ambulante.

Luan Emilio Faustino 15/11/2010 – 04:05h

sábado, 13 de novembro de 2010

Frases Soltas

"Não tenho pressa para viver uma verdadeira história de amor, temo apenas estar vivendo uma ilusão no hoje. É o que existe entre o agora e o tempo que me pertuba" Luan Emilio Faustino

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Vento

Leve vento que me eleva
Leve tudo que eu não tenho
Leve as nuvens que assombram
Os terrenos que mais temo
Leve a vida que não tive
Leve a paz que me abstenho
Siga seu caminho livre
Deixe o ar para os que venham
Vento, peço que se mostre
Despenteie meus cabelos
Dobre a flor com sutileza
Sopre as folhas do canteiro
Mude as coisas de lugar
Desregule minha rotina
Seque o choro de alguém
Desafie a minha retina
Vento leve que se excede
Não me leve tão a sério
Não me assuste com sua força
Não se zangue com meu tédio
Vento, peço vá embora!
Leve a minha sanidade
Deixe apenas sentimentos
Sopre o ar da tempestade.

Luan Emilio Faustino 12/11/2010

Poema dedicado ao gentil ladrão que me roubou e teve a sensibilidade de deixar meus documentos. Muito Obrigado!

domingo, 7 de novembro de 2010

O Homem e o Mundo



Quantos de nós conseguirão desviar olhar de si
Para enxergar a fantástica beleza das coisas simples?
No mundo que te faz correr
O tempo passa tão rápido que ao fim do dia
Pouco se fez além de dar seqüência a sua rotina.
E quando você se sente um pouco mais que nada,
Tudo o que se pode querer é fazer a diferença.
Problemas não faltam para serem resolvidos,
Heróis de verdade nunca são reconhecidos,
Então o que lhe falta para ser a mudança
Que você quer ver no mundo?
Talvez o mesmo mundo que você pensa em salvar
Já tenha se esquecido de você...
E o que fazer quando os sonhos sedem aos fatos
E corrompem planos de uma vida inteira?
Se tornar um mais na multidão
Parece cômodo...
Ouvir os ecos de cada passo dado
No caminho que conduz ao seu melhor
Já não é mais uma escolha...
Cada pergunta sem resposta
É uma porta não aberta,
Que você pode esperar que outros abram por você...
Mas... E se ali estiver a sua felicidade,
Você conseguiria conviver com isso?
E não se trata de plantar árvores
Trata-se de se sentir útil da forma que lhe é possível.
O mundo não carece de razão
E por mais que sentimentos não possam ser vendidos
Eles conferem a sua maior riqueza.
Ser a imagem dos seus ideais requer o esforço
De provar pra si mesmo todo dia
Que nem tudo esta perdido.
E quando você conseguir convencer a si mesmo
Estará mais próximo de convencer até os mais incrédulos
Pois a verdade pode ser sentida
No olhar dos que não desistiram do seu mundo.
Apenas veja, sinta e mude,
Você não esta sozinho.

Luan Emilio Faustino sexta feira 13 /11/09

sábado, 6 de novembro de 2010

Frases Soltas

"Me peguei suspirando sozinho... Tenho medo quando essas coisas acontecem... Porque eu sei, que tudo começa em um suspiro inocente." Luan Emilio Faustino

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Das cartas que nunca mandei – Parte V



Destinatário: O Amor

 Eu me perdi, eu me perdi assim tão completamente na tentativa frustrada de te encontrar... Quer dizer... Talvez frustrada não seja a palavra mais adequada, de fato não é a melhor palavra. A gente tem o péssimo habito de achar que só porque algo teve fim, ele não deu certo, que não era amor, que de alguma forma não era verdadeiro ou bom o suficiente para durar. Mas deu certo! Por um tempo...
 Se nem a vida é eterna porque haveríamos de cobrar eternidade dos sentimentos? Sobretudo SENTIMENTOS... Eles são tão abstratos, impalpáveis, efêmeros...
 Há quem diga que o amor não é um sentimento individual, que se trata de um sentimento do qual precisa ser compartilhado para existir... Mas eu acredito em amor unilateral, daqueles que nos fazem sentir insignificantes, ou qualquer dessas coisas das quais passamos em frente todos os dias sem nem ao menos nos dar conta da sua existência.  
 Ah amor... Se ao menos uma vez você sorrisse pra mim... Talvez houvesse em meu sorriso algo de sincero e pleno que eu pudesse acreditar.
 Mas eu não posso continuar a sorrir pela metade, em uma espera eterna, da qual não posso fazer nada para diminuir o tempo que separa as perguntas das respostas que talvez nunca cheguem. É preciso sorrir hoje, ainda que não haja amor, ainda que não exista a pessoa certa para compartilhar de minhas conquistas.
 Talvez o amor seja o tipo de sentimento supervalorizado que de alguma forma nesse processo perdeu o seu verdadeiro valor. Pegaram o mais belo dos sentimentos e o banalizaram, qualquer um diz que ama, para qualquer pessoa, por qualquer motivo, como se o amor fosse um sentimento qualquer, mas ele não é!
Eu vejo casais de velhinhos andando pela rua com as mãos dadas e aquela cumplicidade que nos transmite uma caaalma, nesses momentos sou tomado por um sentimento indecifrável, algo próximo da alegria, inveja ou insegurança... Na verdade soa mais como se fosse uma nostalgia por algo que eu nunca vivi, é estranho...
Ah amor... Será que você existe de verdade? Será que não se trata de uma questão de merecimento? Ou eu deveria deixar tudo nas mãos do destino? Mas o que estou falando!? Eu não acredito no destino... Ou não quero acreditar, a verdade é que nunca me agradou a ideia de não ter o controle sobre as situações, mas o que seria o amor senão a perca total do controle? Enfim...
 Talvez amar seja uma fuga onde se precisa de um cúmplice em que se possa confiar o seu verdadeiro eu. Talvez amar seja apenas para os fortes, talvez não seja nada disso, ou tudo isso, não sei...
 Tenho reparado: não existem padrões no que se refere ao amor, as pessoas tentam decodifica-lo, estipular uma forma certa, mas o amor é complexo e rebelde, não precisa de consentimento ou da compreensão dos homens para existir.
 Eu sei que tenho entrado em contradição varias vezes, estou cansado de racionalizar tudo aquilo que existe para ser sentido, então eu me perco novamente, me perco em pensamentos e sigo cada dia com menos respostas e mais perguntas em minha mente...
 Tenho andado tão reticente, ferido dessas dores que me permiti viver, mas o que realmente me adoece é a ideia de tudo aquilo que não vivi, dos sonhos que jamais ousei sussurrar no ouvido de ninguém.
 Eu já desacreditei do amor e voltei a acreditar, desacreditei novamente e acreditei por uma ultima vez, que não foi exatamente a ultima. E eu continuo descrendo de tudo aquilo que eu preciso acreditar para continuar a viver.

Luan Emilio Faustino 23/10/2010 – 16:06h