sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Frases Soltas

"E eu que um dia pensei que haveria um "nós" onde hoje existe apenas um "eu" e "você"..." Luan Emilio Faustino

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Em obras


Existe um verdadeiro abismo entre o mundo de fora e o mundo aqui de dentro. Eu entro nesse mundo de fora todos os dias, mas dificilmente esse mundo ou parte dele entra no meu mundo aqui de dentro. Eu poderia muito bem me abrir a visitações, mas nesse mundo aqui de dentro não existem guias ou mapas para facilitar a orientação.  E eu não quero que as pessoas se percam nesse mundo aqui de dentro, da mesma forma como eu me perco nesse mundo ai de fora. E foi justamente esse não querer que as pessoas se percam, que só me fez perder as pessoas. Eu perdi o momento, perdi o sono, perdi a pose, eu me perdi. Eu perdi até mesmo a razão, aquela mesma razão que me fez errar tentando fazer as coisas certas. Eu perdi a chance de habitar dois mundos e ser habitado também. Eu só não perdi a esperança de terminar essa ponte que eu construo todos os dias entre um mundo e outro. Talvez um dia eu possa receber visitas com mais freqüência, talvez exista do outro lado alguém construindo uma ponte para chegar até aqui também. Até lá, declaro-me: em obras.

Luan Emilio Faustino 20/02/2011 – 06:00h

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Compromisso

  
  A despeito da infelicidade de alguns, a minha vida segue. Adoraria parar e me compadecer da tristeza alheia, mas tenho um compromisso marcado com a felicidade.  Compromisso este, que você entre outras coisas só adiou. Por favor, não me odeie por tentar ser feliz, não se culpe por não ser o motivo da minha felicidade. Eu, tanto quanto você quis acreditar em um nós que já não existe. Em um nós que na verdade nunca existiu. Fui ser feliz, não me espere, não tenho hora pra voltar!

Luan Emilio Faustino 13/02/2011 – 02:16h

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Resistência



A despeito da realidade que não se adequa aos meus sonhos,
Proponho romper a lógica dos sábios com a loucura do amor.
E se este fosse o meu ultimo sonho compartilhado
Eu te diria que esteve presente em meus sonhos.
Não os mais lúcidos,
Porém todos aqueles que eu consigo me lembrar.
Não que eu me orgulhe,
Não que eu não tenha tentado te esquecer,
Mas depois de um tempo a gente percebe contrariado
Que não se trata de uma questão de escolha.
Dizem que o tempo é o melhor dos remédios,
Que cura qualquer ferida...
Mas o que diferencia o remédio do veneno é a dosagem.
E esta falta prolongada de você
Esta me matando aos poucos
Dessa doença invisível chamada amor,
Da qual hoje só você tem a cura
Eu poderia me apoiar em seus defeitos para tentar te esquecer,
Se não tivesse aprendido a amá-los tanto quanto suas qualidades.
A verdade é que você não me da escolhas
E eu, refém dos sentimentos que cresceram para além de mim,
Fui condenado por minhas próprias omissões a te amar cada dia mais.
Não desistirei de ti enquanto uma parte do meu eu estiver ai,
A minha ultima resistência será o amor
E eu não quero nem imaginar o que será de mim quando ela se quebrar,
Mas se por ventura, você estiver por perto quando isso acontecer,
Eu peço: junte os meus pedaços e guarde-os com você.
E tenha a certeza inabalável que inteiro ou estilhaçado,
Eu serei indubitavelmente para sempre teu.

Luan Emilio Faustino 12/09/2010 – 13:59h

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

 

  Por que as pessoas se incomodam tanto com a felicidade alheia? Será ques elas pensam que a felicidade é igual um bolo que quanto mais fatias uma pessoa tem, menos sobram para elas? Como elas são estúpidas...  Afinal, fica mais difícil ser feliz quando não se tem nem ao menos vida própria. Quem se alimenta de inveja, tem fome de atenção, de ser algo para o mundo, de ser alguém para si mesmo.

Luan Emilio Faustino  13/02/2011 -  21:43h

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Frases Soltas

"A felicidade nada mais é do que um período transitório entre uma tristeza e outra" Luan Emilio Faustino

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O meu Eu não lírico

 
A poesia tem perdido espaço em minha vida, caíram às rimas, perdi a forma, restaram-me apenas as palavras, aquelas mesmas palavras que nunca foram ditas.
Às vezes abro mão das minhas verdades para escrever as dos outros, eu tento me manter distante, mas acabo invariavelmente encontrando algo que poderia muito bem ser a minha verdade, talvez escondida, talvez mascarada, eu não sei ao certo aonde começa o meu eu lírico e termina o meu eu.
E é justamente este não saber que tornam as coisas mais interessantes, pois cada vez que leio os meus textos eu interpreto de uma forma diferente. Ora parece um conselho distante aos que se arriscaram a leitura, ora são verdadeiros tapas na cara, da minha cara. Como se o meu eu lírico dissesse para o meu eu: “Hei!! Isso aqui que eu escrevi foi pra você, será que você consegue compreender?”.
Talvez escrever seja uma fuga, talvez eternizar momentos seja uma necessidade, talvez exista um propósito maior para tudo isso além daquilo que eu possa ver. E são nessas horas em que eu me pergunto: será que alguém me observa? Será que alguém ai de fora tem as respostas para o que acontece aqui dentro? Será?
 Porque eu gostaria de saber se alguém após me observar tal como sou ainda iria preferir a mim em detrimento ao meu eu lírico. Afinal, eu não acordo declamando poemas e nem sempre tenho as palavras certas para confortar um momento.
  Eu não sou tão romântico como os meus versos sugerem e nem tão bem estruturado quanto as minhas estrofes. Eu sou uma farsa, uma projeção de um sonho que tive de mim mesmo, mas se vocês querem saber: ao menos fomos todos enganados juntos, porque eu também acreditei que a poesia pudesse transcender a realidade, eu quis tornar a minha vida mais interessante, eu quis parecer mais agradável, mas eu não sou...
 Eu sou repleto de defeitos, porque antes mesmo de ser um poeta eu já era humano. Eu nem ao menos sei um poema meu de cor, nunca usei um único poema para conquistar alguém, porque eu quero que a pessoas gostem de mim pelo o que eu sou e não pelo o que eu escrevo.
  Eu tenho tanto medo de vender uma imagem que não corresponda com a realidade, que acabo não deixando me verem realmente como sou. No fim, nem eu mesmo consigo me enxergar com exatidão, existe sempre um verso em meio ao fato e um fato em meio verso quando se é poeta.
  Existem tantas diferenças entre Eu e o meu Eu lírico, às vezes chego a ter inveja dele, mas então me lembro que ele faz parte de mim e sou obrigado a reconhecer a loucura do meu sentimento.
E foi nessa de brincadeira de escrever as coisas que eu não sentia e de me por em lugares que eu nunca estive que eu me perdi, chegou um momento em que eu já não sabia mais quem eu era, mentira... A verdade é que eu nunca soube ao certo quem é este que vos escreve, mas nunca desisti dessa tentativa de me descobrir, porque por mais estranho que às vezes eu me pareça, ainda sou a imagem mais familiar que posso ter.
  De qualquer forma eu me perdi, eu me perdi porque descobri que sempre é possível se perder mais e mais dentro de nós mesmos. E me perdi porque eu começo a falar de mim, e quando vejo estou falando de tantos...
 E nada, nada do que fora dito a cima deve ser levado a sério, porque tudo nessa vida é transitório, assim como os sentimentos, assim como as pessoas, assim como a imagem que hoje tenho de mim.
 O poeta escreve sobre o abandono dos sentimentos enquanto ainda os sente, ele perdura no tempo. Eu sou efêmero? Eu sou eterno? Não...  Enquanto houverem poemas a serem escritos e eu líricos a serem explorados, eu sou e continuarei sendo o que quiser ser, livre de definições, rótulos e tudo aquilo que nos limita. Livre fazendo exatamente aquilo que me liberta.

“Eu gosto de escrever verdades, mas nem sempre as minhas verdades.”

Luan Emilio Faustino 12/02/2011  - 16:49h

Texto dedicado ao genial Fernando Pessoa, autor da frase: “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente. Que chega a fingir que é dor. A dor que deveras sente”

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Frases Soltas

"Engraçado como essas coisas que não fazem sentido conseguem ser as mesmas que acabam dando o sentido de nossas vidas."  Luan Emilio Faustino

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vazios


Basicamente é o que acontece, as pessoas acabam não escrevendo para expressarem uma ideia ou sentimento, a maioria escreve apenas para completarem a linha. Existem tantas pessoas que falam, e tão poucas que têm o que dizer...  Estamos tão acostumados a sentir algo, que quando não sentimos mais nada por ninguém, tentamos desesperadamente preencher o vazio com qualquer outra coisa. Tem gente até que prefere sentir dor, do que não sentir nada. O medo do vazio é tão grande que força as pessoas a se preencherem de coisas que elas não querem ou precisam. E assim, elas ficam cheias, cheias de roupas novas, cheias de indagações, cheias de si mesmas. Elas seguem, todas cheias de distrações que elas mesmas criaram para evitar ouvir o eco de seus pensamentos. Sentindo por vezes pena de si mesmas e esperando que os outros sintam o mesmo por elas, mas eles não sentem, pois eles estão ocupados demais se distraindo de seus próprios vazios.


Luan Emilio Faustino 10/02/2011  - 02:52h

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Frases Soltas

"Eu não preciso mudar pra ser aceito pelo mundo, eu preciso ser eu mesmo para me aceitar exatamente como eu sou e isso basta." Luan Emilio Faustino

Essência


No que se refere ao amor, eu já passei por várias fases: busca, espera, ilusão, entrega, negação. Cada fase superada nos da à falsa sensação de estarmos mais próximo de chegar a algum lugar permanente.
A forma de encarar o amor pode estar em eterna transição, mas o amor será sempre o mesmo. Não no que se refere à intensidade e forma, mas no que diz respeito à essência. As pessoas mudam, os cenários mudam, muda o jeito de se vestir, as redes sociais, muda a nossa capacidade de percepção, mas o amor, o amor é sempre o mesmo.


Luan Emilio Faustino 07/02/2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Forma e Conteúdo

Cada dia esta mais difícil encontrar a combinação de Forma e Conteúdo. As pessoas são como poemas em aberto, algumas possuem apenas forma, te entretém por um tempo, você até acha bonito, mas não acrescentam nada em sua vida. Outras, porém, são dotadas de conteúdo e por mais que em suas linhas estejam às respostas que tantas pessoas procuram, poucos são aqueles que se aventuram em ler.
 Existem tantos leitores em potencial, tantos analfabetos funcionais, mancos sentimentais, tantos poetas que não saíram do anonimato. O universo da leitura é realmente fascinante e se mistura com a nossa realidade.
 Unir forma e conteúdo não é tarefa fácil, mas ainda mais difícil é preparar esses leitores que já não tem mais a mesma paciência de antes. Os tempos mudaram, vivemos na geração dos fast foods, da noticia rápida. Quem é que tem tempo para ler o próximo, se nem mesmo temos tempo para ler a bula dos nossos remédios e os manuais de nossas máquinas?
 São tantas informações, tantas pessoas, placas, números, senhas, que a impressão que nos dá é que se pararmos para se aprofundar em algo ou alguém estaremos na verdade perdendo o nosso tempo. E é justamente essa nossa inabilidade em administrar o nosso tempo que nos faz darmos continuidade a este ciclo de superficialidade que nos enche de um monte de entulho que entre outras coisas só servem para nos faz sentir cada dia mais vazios.
  Não culpo as pessoas pelo o que as convenções sociais as impõem, elas querem ficar mais bonitas para se sentirem aceitas, afinal, quem não quer se sentir aceito?  Mas ajudaria e muito se as pessoas tivessem em mente que uma coisa não exclui a outra, de que forma e conteúdo podem sim caminharem juntas.
  Vendo o mundo como esta hoje eu me lembro das sábias palavras da minha professora da quarta série: “nunca julgue um livro pela capa”, é realmente uma pena que as pessoas se conformem com tão pouco...

Luan Emilio Faustino 06/02/2011 – 19:22h

Texto dedicado a Élida Cristina

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Esconde-Esconde


Ai me perguntaram: Você acredita no Amor? No que eu respondi: Acredito nele e ele em mim, mas vivemos em um eterno esconde-esconde, pois toda vez que o procuro, eu me perco um pouco e toda vez que ele me encontra eu me acho ainda que momentaneamente. E foi observando a lógica dessa brincadeira que eu parei de procurá-lo, não quero mais me perder, eu sei que se eu não dificultar as coisas, se eu não inventar de me esconder nos lugares mais difíceis, ele irá me encontrar, tão desprevenido quanto da primeira vez.

Luan Emilio Faustino 05/02/2011 – 00:33h

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Apocalíptico

Noites mal dormidas
Sonhos censurados
Dias não vividos
Gritos abafados
Olhos programados
Pés atrofiados
Vagam lentamente
Marcham alienados
Bocas emudecem
Ecos se propagam
Pragas vão surgindo
Vírus se alastram
Balas são perdidas
Vidas são roubadas
Nessa roda viva
Que ninguém escapa
Ouvidos tapados
Dedos são cruzados
Unhas são roídas
Presos libertados
Horas são contadas
Comida é escassa
Vestes são ditadas
Pessoas usadas
Animais extintos
Matas desmatadas
Rios são poluídos
E ninguém faz nada
Os poros transpiram
E o suor resfria
A cabeça coça
E a mente pira
O peito acelera
Pois já não tolera
Este ar impuro
Que há nessa Terra
A garganta seca
E o pulso para
Coração não bate
E a vida acaba.


Luan Emilio Faustino
14/09/08 - 17:43hs

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Eu sei



Queria que aquela clínica de apagar pessoas da memória do filme Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças existisse. Pensando bem, não quero isso não. Pois se eu apagar você da minha memória, não restará muito para me lembrar que um dia fui feliz. Na verdade eu bem sei o que quero, eu posso negar, posso mentir, mas no fundo eu sei. E você sabe também, e talvez sinta, e talvez negue assim como eu. A nossa mentira é tão convincente que faz o nosso amor parecer uma farsa. Mas ele existe, eu sei.

Luan Emilio Faustino 03/02/2011 -  22:55h

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Frases Soltas

"Deveria estar dormindo agora, mas a gente, nós, poetas, não escolhemos a hora em que a inspiração irá sugir. Apenas a recebemos em meio ao sono interrompido e dizemos mentalmente: seja bem vinda, fique o tempo que for necessário." Luan Emilio Faustino

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Inevitável


   Sentir medo é inevitável
Se deixar levar por eles é uma opção
É preciso ser forte para merecer o amor
E ainda mais forte para superar um amor que chegou ao fim.
Ainda que este fim seja algo questionável...
E embora eu diga com tom de quem sabe o que diz
Eu tenho que admitir que não tenho sido forte
Ao menos não forte o suficiente para superar, esquecer.
Tudo que eu consegui foi fingir um sorriso
E por vezes conseguir acreditar nele
Mas basta ninguém estar por perto pra eu me dar conta
Do quanto estou sozinho
Em pensar que houve um tempo onde a solidão não era um problema
Onde a convivência comigo mesmo era mais suportável
Mas uma vez descoberta à sensação de se estar completo
Fica difícil seguir em frente pelas metades
É por isso que é preciso ser forte
Ser forte e lúcido para não supervalorizar o passado
Para não deixar de viver o presente
Para não se perder entre aquilo que se foi e o que nunca será
E diante de tantos traumas, medos e fraquezas
É preciso acreditar que a felicidade existe
Acreditar que o sorriso pode ser sincero
Acreditar que o sonho pode valer a pena
Ainda que o sonho de hoje se resuma em voltar a sonhar.

 Luan Emilio Faustino 31/01/2011 – 05:01h