domingo, 9 de dezembro de 2012

Trégua


Nem sempre a melhor defesa é o ataque. Nem todas as lutas são travadas com oponentes que a gente quer derrotar, ás vezes lutamos contra uma parte de nós mesmos. E não sabemos exatamente qual é a parte certa ou errada, para poder definir aonde atacar e onde se defender. Algumas lutas acontecem sem que a gente possa prever, sem ringues, sem regras, sem chance de defesa. E a gente quer revidar, mesmo desorientado e sem saber ao certo quem nos atacou. Quando nos damos conta, estamos em meio a uma luta que pode muito bem ter dois vencedores, dois perdedores e até mesmo dois desistentes. É o tipo de luta que a gente evita ao máximo entrar e que quando entra não tem jeito: apanha pra valer.  Sem olho roxo, sem marcas pelo corpo ou testemunhas. As feridas que ficam são cobertas não com maquiagem, mas com sorrisos que a gente estampa no rosto.  A gente segue apanhando, justamente pelo fato de não querer bater, na esperança de uma trégua, de uma sorte, ou qualquer outra coisa que nos faça esboçar um sorriso de verdade.  - Luan Emilio Faustino.

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