terça-feira, 22 de março de 2011

Não dá


E se não houvesse tanto medo em ser feliz, talvez a lágrima de hoje pudesse ser a risada de amanhã e de depois de amanhã. E a risada de ontem também, ja que eu não sorri porque estava ocupado demais em minha tentativa frustrada de evitar as lágrimas que a essa altura ja rolaram. Foi tudo em vão, minhas tentativas de fuga, minha indiferença, meu medo. E eu tive tanto medo...  Medo de olhar em seus olhos e constatar que eu não era visto da mesma forma como eu te via. Eu tive medo da rejeição e por assim temer eu rejeitava a ideia de ser feliz. Fiquei ali, naquele meio termo aonde eu não era feliz e nem triste, em uma espécie de contrele automático que ignorava qualquer manifestação de carência e afins . Eram muitos riscos, poucas garantias, como se algo no meu eu interior dissesse:  “você não merece essa felicidade, é demais pra você”. E o pior é que eu ouvi essa voz, eu ouvi,  me calei e só depois , bemmm depois eu descobri que o que falava insistentemente na minha cabeça era a insegurança. Aquela mesma insegurança que me fez parecer distante, frio, mas acredite: você nunca me passou despercebida. E eu bem que tentei adequar os meus olhos para a nossa realidade, mas eles tem uma forma toda própria de te ver. O que eu posso fazer frente a essa situação de inadequação do meu olhar? Fingir que não vejo? Fechar meus olhos?  Desculpa, eu já tentei, não dá.

Luan Emilio Faustino  23/03/2011 – 00:11h

15 comentários:

  1. Fingir não ver... Fechar os olhos... Esse talvez seja o grande erro que nós racionais comentemos ao longo da vida...

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  2. Putz..
    Isso mexeu comiigo!
    Deu diireto no meu... no meu coração. =/

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  3. Muito muito bom !
    mexeu comigo também *-*
    Adorei ♥

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  4. nossa Lu...
    ficou muito bom, mesmo !

    <3

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  5. adorei o texto, me identifiquei bastante. Parabéns. Muito bom. ♥

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  6. nooossa Luan *-----*
    realmente muitas pessoas tem medo de dizer o que sentem pq acham q a outra pessoa n sente o mesmo, mas eu acredito que a dor da dúvida é pior do que a dor da rejeiçao u.u

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  7. Nooossa , eu me indentifiquei muito com esse texto D: noossa ficoou muito perfeeito *-* não é a toa que seu blog ganhou 2 premios. Obrigado por seu blog existir, por voce compartilhar aqui o que sente *-* Porque é foda <3

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  8. "Eu tive medo da rejeição e por assim temer eu rejeitava a ideia de ser feliz."
    Sua criatividade é uma coisa de louco, muito bom.
    falar que amo seus texto é pouco, não tenho muitas palavras pra explicar. :D

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  9. Gosto da forma ou melhor do efeito que seus textos causam em mim... É como se quando eu leio eles, as palavras se volatilizam e fluem por dentro de mim, me levando a uma viagem ao meu interior fantástica.
    Imagino, penso, reflito... é sempre um enriquecimento pessoal muito grande ao final dessa viagem que vc me proporciona...
    Obrigado sempre

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  10. Mais um lindo texto c0m otima qualidade de conteúdo e palavras .amo o jeito que vc consegue me sensibilizar a cada novo texto que escreve .
    "Medo de olhar em seus olhos e constatar que eu não era visto da mesma forma como eu te via. "
    Adoreii *O* sucesso migoo

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  11. Texto magnífico.
    O medo é uma forma de defesa, se não fosse o medo de uma fogueira, morreríamos queimados; que não fosse o medo da eletricidade, colocaríamos nossos dedos na tomada...
    A felicidade é tão fugidia, tão desconhecida que, como tudo que não conhecemos, tentamos nos defender contra. Ir contra o novo, diferente, ainda que seja o que mais querermos. Adorei seu texto, e ele me fez ter vontade de gritar: medo, pare de me defender do que eu mais quero!

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  12. Muito bom *-*Me identifiquei mto com essa frase ~~> "Eu tive medo da rejeição e por assim temer eu rejeitava a ideia de ser feliz."
    Você é foda Luan *-*

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  13. Deus, como alguém pode ser tão perfeito?
    Cara, você não é desse mundo.

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  14. Como dói,essa insegurança, um certo medo, muitas vezes causados por nós mesmos.Isso pode ser considerado um amor platônico. O amor platônico é um amor à distância, que não se aproxima, não toca, não envolve. Reveste-se de fantasias e de idealização. O objeto do amor é o ser perfeito, detentor de todas as boas qualidades e sem máculas. Parece que o amor platônico distancia-se da realidade e, como foge do real, mistura-se com o mundo do sonho e da fantasia, para muitos é algo maravilhoso, algo que nos contenta, para outros se torna algo angustiante e machuca muito.
    O medo de não atender aos anseios do objeto amado, o sentimento de desvalorização, incapacidade e desintegração podem contribuir para o não aproximar-se, amar à distância, impedindo que o indivíduo vivencie uma experiência de não só amar, mas sentir-se amado, não só cuidar e se preocupar, mas sentir-se acolhido, contido e amparado. Essa troca de experiências emocionais é que permite o sentimento de que amar e viver vale a pena, e nos ajuda a suportar as dificuldades e conflitos do cotidiano, do que adianta só olhar, corra o risco, respire fundo, coloque sua alma em conexão ao seu coração e se declare, você pode se surpreender.
    » Emilio, excelente escolha de tema, me surpreende em sua linguagem tão culta e ao mesmo tempo tão sensível.

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  15. A insegurança é responsável pela maior parte da infelicidade dos seres humanos, pensar demais agir de menos, a maioria faz assim, como eu rs
    Fechar os olhos, fingir que não vê... Você até pode fazer isso, porém seu coração não, no fim, sempre sentimos.

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