sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O Eu que a Vida Comeu


Impressionadíssimo com a capacidade que a vida tem de me dizer que eu não sei nada sobre nada. Toda vez que acho que sei alguma coisa, ela vem e muda tudo de novo. Mas eu não deixo barato,  vou lá e mudo também! E a gente fica nessa de improvisar mudanças até que chega uma hora em que nos tornamos dois estranhos. Eu, procurando a vida que havia em meu Eu e a vida procurando o Eu que se perdeu na vida. Mas um dia a gente se encontra, se esbarra, se bate, se cansa e se aceita, ou não. No fundo eu gosto de estar em constante busca pela vida. Não o tipo de busca convencional que nos leva a lugares comuns e frustrações, mas uma busca onde é preciso estar distraído para poder encontrar algo. O tipo de busca difícil, que nos faz sentir perdidos em meio a multidão, mas que de alguma forma inexplicável nos da força para seguir em frente.

“Eu sigo assim, comendo a vida pelas beiradas, na esperança de encontrar o Eu que a vida comeu”.

Luan Emilo Faustino 10/02/2012 - 20h36

2 comentários:

  1. Acho que todos nós temos um Eu comido pela vida. Alguns se portam como impotentes diante disso. Cruzam os braços, deixam o tempo passar. Outros se portam como sábios guerreiros, lutando incansavelmente pra entender e recuperar o que o tempo comeu.

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  2. Minucioso até mesmo na escolha do título.

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