domingo, 29 de abril de 2012

PASSAGEIROS.COM


Somos instantes aos olhos do tempo, um aglomerado de acasos que se colidem e explodem feito bola de chiclete em boca de criança, somos os encontros e desencontros, erros e acertos que ninguém nota, somos a cópia de nós mesmos. Estamos nos plagiando, nos reinventando, estamos tentado ser algo, tentando ser aceitos, adicionados, seguidos reblogados por pessoas que nem ao menos conhecemos. Estamos sendo visualizados, os números não mentem, mas será que estamos nos vendo? Será que um dia vamos parar pra se ver como em uma daquelas fotos de cinco anos atras que a gente vê e pensa: "Nossa! Como um dia eu pude ser assim?!". Somos tão contraditórios, tão passageiros, tão pequenos, tão próximos e ao mesmo tempo tão distantes, somos o reflexo da revolução tecnológica, um sopro da globalização, somos filhos das redes sociais, amantes do novo, somos também o amanhã. Mas o que somos agora, senão um período de transição? Pelo o que seremos lembrados? Qual será o nosso legado? São tantas perguntas, tantos link's, tantos sites, tumblr's, blog's, tantas respostas... Qual delas nos levará a um lugar que a gente possa chamar de nosso? Da pra pirar pensando nas possibilidades, da pra salvar , compartilhar, arquivar, excluir... Da pra fazer tanta, tanta, tanta, tanta coisa... Somos um e-mail a ser aberto, uma página fora do ar, somos instantes de distração que somados resultam em uma negligência desmedida por algo que a gente já nem nota mais: nós mesmos.


"Somos reféns das máquinas que criamos para nos libertar"


Luan Emilio Faustino

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