sábado, 25 de setembro de 2010

Ser ou não ser, eis o padrão.




É bem verdade que somos criaturas únicas por excelência, cada pessoa possui qualidades inerentes de seus genes, culturas e experiências de vida. Quando os primeiros homens se uniram e se organizaram a fim de se protegerem e perpetuarem a espécie mal sabiam que estavam criando o que posteriormente viria a ser conhecido como “origem da sociedade”.
A mesma sociedade que tem como definição “o conjunto de pessoas que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, e que interagem entre si constituindo uma comunidade.”, cresceu de tal forma, que ficou impossível em meio a tanta diversidade um propósito que agrade a todos de formas iguais.
Como se pode notar, o que um dia nasceu para nos proteger, com suas regras ditadas pelos costumes e o tempo, hoje existe para excluir, para ditar padrões, no sentido mais próprio da palavra “ditadura”, cuja qual se da não por intermédio de um golpe de estado, mas de maneira silenciosa, quase imperceptível.
Existe um inimigo invisível à liberdade dos homens que se disfarça em pele de cordeiro e atende por vários nomes: seja pelos valores da sociedade, moral, ética, religião... Eles reprimem o que existe de mais próprio do ser humano, e tentam padronizar pessoas como se fossem produtos industriais.
Vivemos uma inversão de valores, pois perpetuar a espécie não é mais uma preocupação, afinal é de conhecimento geral que todos os dias fetos são abortados na China como maneira de contenção da superpopulação. O atual sistema capitalista já não preza mais o bem comum, pelo contrário, ele estimula de maneira desumana o individualismo e o acumulo de bens.

A igreja sempre condenou aqueles que não acreditavam no que a mesma pregava, mas afinal qual é o crime maior: punir alguém pelo o que não acredita ou ser punido pelo o que acreditam os outros?
Correto estava Marx quando afirmou que a história é feita do conflito de idéias, ora... Se não fosse Galileu Galilei confrontar a igreja estaríamos todos nós fadados ao egocentrismo de achar que o sol gira em torno da Terra e não o oposto. Uma coisa é certa, os padrões mudam, a sociedade muda, o modo de ver a própria sociedade muda, e não importa quanto tempo passe e as coisas mudem, sempre haverá na história uma parcela da sociedade que não será privilegiada, há elas cabem o questionamento maior: ser ou não ser a mudança que você quer ver no mundo?

Luan Emilio Faustino 19/02/09 14:59hs

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