Foram tantas verdades escritas
Tantas verdades mentidas
Que o que me cabe no decorrer dessas linhas
É confessar tudo aquilo que não escrevi.
E não se trata de omissão
A mentira existe quando a verdade se cala
Ela não precisa ter voz própria
Ela é o silencio, o vácuo, o nada pertinente
Do que se leu até aqui, nada se perde...
A ficção que existe em meus versos
Contrapõem a realidade que fere meus sonhos
Sou poeta, fingidor, Fernando sabe...
E o que eu sei de minhas mentiras bem contadas?
O que sei de minhas verdades nunca ditas?
Perguntas...
A curiosidade é uma dádiva quando se é criança
E um carma quando se é adulto
Porque o maior problema de se procurar a verdade
É que às vezes você a encontra.
As mentiras não!
Elas se escondem e perdem-se no tempo
Estão sempre se inovando, assim como o mundo.
Já a verdade é careta, conservadora
O tipo de roupa clássica
Da qual as pessoas olham, admiram e pensam
“Fica bem nos outros, mas não combina comigo”
Qual é a verdade que me veste?
Qual é a mentira que encubro?!
Estou pronto para exposição da nudeza d’alma
Pronto para me enxergar tal como sou.
A verdade pode até não ser bela
Mas mentiras bonitas nunca me satisfizeram...
Luan Emilio Faustino 19/05/2010 – 00:49
Caramba esse texto é muito bom. Você deveria escrever um livro, com certeza eu compraria...
ResponderExcluiracho que já estou virando uma leitora assídua, todo dia vejo se vc postou algo novo! =D
Faço das suas palavras as minhas...
ResponderExcluirConcordo plenamente que omissão é também é mentira!!
E mais uma vez eu digo: os seus textos prendem os meus olhos... ADORO LÊ-LOS *-*
Nós criamos mentiras para podermos viver do jeito que gostariamos mas nem sempre o que temos pode ser do jeito que gostariamos.
ResponderExcluirAs vezes criamos mentiras que não conseguimos mais sair delas, ou quando achamos que todos acreditaram ela acaba tendo perna curta e a verdade coisa sobre nos.
Mas se não podemos criar mentiras, como ter coragem para enfrentar a verdade se ninguem nem ao menos pergunta se esta tudo bem?