sábado, 25 de setembro de 2010

Calem-se


Falam do bem e do mal
Da luz e das sombras,
Falam de formas distintas
Do mar e das ondas,
Falam de tudo e de todos
E falam do nada,
Falam dos mortos e dos vivos
Das almas penadas.
Falam quando não dizem
Quando se calam,
Falam de dias perfeitos
Que sempre se acabam,
Falam de sonhos perdidos
Que não mais se acham,
Falam do que não lhes cabem,
Da vida privada.
Falam sem papas na língua
Sem medo ou parada,
Falam porque já não ouvem
Suas próprias palavras.

“Falam tanto por tão pouco, que o muito se perdeu na amplitude do silêncio corrompido.”

Luan Emilio Faustino – 01/10/09 – 11:59hs

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